Toda mãe precisa de abraços
Sempre gostei de abraçar. Porque a gente nunca apenas dá um abraço: abraço só acontece quando é recíproco, damos e recebemos ao mesmo tempo. O abraço me dá margem quando tudo parece confuso, me dá segurança quando tudo inspira medo, me dá paz quando tudo em volta é revolta. Abraço me remete à minha potência quando o caos do cotidiano materno quer tomar conta da minha sanidade. Abraço é vida.
E, ah, como é necessário! Sobretudo nessa vida de mãe de dois, puérpera e em transição de carreira. Depois que virei mãe, fiquei mais ansiosa. Às vezes, tenho picos de ansiedade – quando me dou conta que dois braços, duas pernas, uma cabeça e um coração parecem insuficientes para responder a todas as demandas de dois coraçõezinhos sedentos de atenção e amor. Criança gosta é de atenção plena e exclusiva. E como dar atenção exclusiva quando se tem dois ou mais? Só com apoio, rede, amigas, parcerias firmeza. Aí, reveza.