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A mãe que renasce

O que é preciso deixar morrer para renascer em amor e graça e força e luz?
Como renascer em meio aos desafios de já ser mãe de um e estar gestando outro ser?
O que irá sustentar a mãe, o filho e o sagrado espírito criador da vida?

gestar e parir a mãe de doisÉ preciso deixar morrer os medos. Medo de errar, de “não dar conta”, de não saber amar dois… Medo da solidão materna, da exaustão materna, da culpa materna. Ah, sim, a culpa: é preciso deixá-la morrer também. Ela e todas as crenças limitantes que nos incutiram em nossa vida de mulher, de mãe, de fêmea. Deixar morrer as ideias herdadas da cultura patriarcal que insiste em calar nossa voz, nosso corpo, nossa sexualidade, nossa criatividade, nossa potência para parir e maternar. Deixar morrer a ideia de que temos que dar conta de tudo sozinhas, de que não podemos contar umas com as outras, de que ser mãe é padecer no paraíso.

Estou encerrando o ciclo de ser mãe de um para multiplicar o amor, a força, a potência de vida!

A sagrada fonte feminina aflora por todos os poros, expulsa de mim os medos, me empurra novamente ao voo sem paraquedas que é gestar e parir um outro ser. E amamentar, e cuidar e criar filhos.

Eu salto, pois sei que não estou sozinha. Tenho em mim as asas de todas as que vieram antes de mim e abriram os caminhos. Tenho em mim a força de quem já pariu, amamentou, criou, se transformou e se transforma a cada dia. Tenho em mim o amor e o sustento desta Terra sagrada que me nutre, me acolhe, me ensina a ser mãe.

Eu salto de mãos dadas com todas as mulheres que já apoiei e que me apoiam diariamente em minha caminhada deste ser mãe, com suas histórias, com suas vitórias, com suas mudanças.

Eu salto de mãos dadas com minha criança interior amada, acolhida, cuidada por mim mesma.

Eu salto sustentada pelo olhar amoroso de meu filho e de meu companheiro. Mas sobretudo, pelo meu próprio olhar compassivo sobre mim mesma.

Eu salto porque confio na potência do amor em mim, na mãe que me torno a cada dia, na graça e na força que conquisto a cada vez que me permito me amar, me aceitar, me nutrir.

Eu salto e solto o que não é meu.

Resgato meu poder. Renasço com o vento no rosto, sabendo que tenho em mim tudo o que preciso para sustentar a vida, com o apoio da mãe Terra e da irmandade que já existe e se expande ao meu redor.

Assim é.

Sou amor e gratidão,
Maris
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Todos os textos da sessão “Escrito à Mãe” do site cultivandocuidado.com bem como os textos do perfil no Instagram @cultivandocuidado são de autoria de Maristela Lima. Se estas reflexões fazem sentido para você, talvez elas sirvam também para suas amigas mães. Compartilhe com elas o link deste artigo e sempre cite a autoria. Assim, você valoriza e apoia o trabalho de uma mãe que escreve, contribuindo para que mais mulheres se beneficiem e me motivando para que eu continue a oferecer às mães conteúdos importantes, gratuitos e de qualidade.

Entre mães, precisamos no apoiar.
Com amor e gratidão,
Maris.

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