A potência de conceber, gestar e parir pode ser algo tão imenso, transformador e libertador que assusta. Sim, assusta (e muito) os homens e por isso eles tentam com todos os recursos “filosóficos”, “científicos” e tecnológicos – criados por eles próprios na cultura patriarcal – nos privar do acesso a esta potência. Como? Através da linguagem impregnada de machismo disfarçado, através do mercado da maternidade romântica, através da indústria da cesárea, através da hiper-medicalização na gestação, no parto e no puerpério, entre outras coisas ainda mais sórdidas, porque mais sutis.
Mas acessar esta potência feminina-criativa-materna assusta também as mulheres.