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A reinvenção pós-maternidade

Mãe de dois, em pleno segundo puerpério, amamentando a filha de 3 meses aos 42 anos, com o primeiro livro recém-escrito e saindo em breve da gráfica, eis que resolvo voltar a estudar – no ensino formal, porque como autodidata nunca parei. Voltei pra academia pra fazer uma especialização, depois de já ter diploma de mestre pela maior universidade do país, depois de abandonar uma carreira acadêmica de 10 anos, depois de descobrir que o que quero mesmo é escrever e falar com outras mulheres sobre nossas vidas, na maternagem e além dela.

maternidade transformadora

Ao se tornar mãe, todo o seu ser precisou se recriar, se reinventar, se reconstruir.

Pois é, a gente pode sempre se reinventar, mudar de opinião, abandonar velhos padrões, se liberar de antigas crenças e abraçar novos modos de vida, novos projetos, novas ideias. Pois não descobriram que o cérebro humano é capaz de produzir novas sinapses e integrar novos aprendizados até a gente ficar velhinha? Então, deixa eu aproveitar essa plasticidade cerebral e expandir minhas capacidades, para fazer valer o espaço que ocupo sobre a Terra e contribuir à vida de outras pessoas. Porque é por isso que estou aqui: para contribuir à Vida, assim, com “V” maiúsculo.

E hoje só quero dizer isso a você: se eu – que sou apenas uma mulher latino-americana sem parentes importantes e sem conta no exterior – posso, você também pode fazer algo que lhe traga mais sentido à existência nesse planeta e que contribua, de alguma forma, a tornar a vida mais verdadeiramente bela.

Então, deixe de pensar que você não tem jeito, que você é uma péssima mãe, que já está muito velha para (complete a frase), que não consegue fazer mais nada da vida, que nem consegue aplicar com os filhos aquilo que viu no curso online ou que leu naquele livro badalado, que sua mãe (ou pai, ou patrão, ou marido) tinha razão. Esqueça o que quiseram fazer que você acreditasse sobre suas limitações e capacidades. Você é pura potência! Nós somos potencialmente tudo o que quisermos ser. Então, bora exercitar essa potência – que, diga-se de passagem, se expande ainda mais na maternidade.

Você pode, sim, aprender novas habilidades. Você pode, sim, expandir sua capacidade empática com os filhos e além. Você pode, sim, exercitar-se e exercer novas tarefas. Você pode se transformar e transformar o mundo ao seu redor. Você tem esse potencial. Não apesar de ser mãe, mas justamente porque, ao se tornar mãe, todo o seu ser precisou se recriar, se reinventar, se reconstruir. E essa reinvenção pode ir muito além do dia-a-dia materno.

E então, me diga: qual o sonho que está aí, esperando que você agarre sua potência com ambas as mãos e traga à realidade?

 

Texto: Maristela Lima @cultivandocuidado

Ao compartilhar, cite a fonte e apoie o trabalho desta mãe que vos escreve.

 

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