Cuidar de si mesma não é egoísmo
Autocuidado: eis um tema fundamental desde que me tornei mãe. Parece que quando me dei conta de que havia um novo ser ali, frágil e totalmente dependente, que estava aos meus cuidados, percebi a real importância de cuidar da minha própria vida. Porque se eu não estivesse bem, como cuidaria dele?
Claro, isso era um pensamento típico da puérpera que eu era, achando que só eu podia cuidar de meu próprio bebê e que ninguém mais cuidaria dele tão bem quanto eu, etc. Ainda que eu ainda ache que isso é verdade, em partes, mãe leoa que sou (cada uma com suas manias, né?), descobri com o tempo que é possível, desejável e saudável relegar certos cuidados em relação à criança a outras pessoas, sempre e quando isso for necessário para eu mesma me cuidar, por exemplo.
Cuidar de si mesma não é egoísmo. Pelo contrário: se queremos ter disposição e espaço interno para cuidar dos filhos, é fundamental que estejamos bem cuidadas. Mas não só por isso o autocuidado precisa ser levado à sério: ele é a base do cultivo de relações saudáveis, com as outras pessoas sim, mas sobretudo consigo mesma. E uma relação saudável consigo mesma determina a qualidade de relação com os outros, sobretudo com os filhos – estes seres especialistas em nos colocarem de frente com nossos próprios limites, medos e crenças limitantes, estimulando em nós os sentimentos mais contraditórios.
Cuidar de si mesma, atenta às próprias necessidades e buscando cocriar as condições para atendê-las da forma que mais lhe convém, é, assim, parte de nossa responsabilidade não só como mães, mas como seres humanos buscando ser a mudança que queremos ver no mundo, na sociedade e em nossos filhos.
Autocuidado faz parte de um processo de auto-responsabilização: assumir a responsabilidade pela própria vida, pelas necessidades vivas em mim e pelo que sinto e preciso. E isso vem ao encontro do processo mais amplo de empoderamento: quando assumo a responsabilidade pela minha própria vida, resgato minha potência e não deixo meu bem-estar na mão dos outros. Isso passa por um lugar em que é necessário olhar bem de frente os próprios sentimentos e necessidades, para descobrir o que realmente precisa ser nutrido e cuidado. É neste sentido que meu caminho de aprendizado em Comunicação Não-Violenta, num nível intrapessoal, tem me apoiado em meu aprendizado de autocuidado: como uma bússola para identificar o que em mim requer mais atenção, ao focar no que sinto e preciso, através de práticas diárias e do apoio de outras pessoas que também estão neste caminho.
Pensando nisso, resolvi compartilhar com vocês que me acompanham, algumas dicas sobre autocuidado na maternagem. Talvez elas também sirvam de bússola no seu caminho rumo a uma maternagem mais plena e transformadora.
Quer ver? Está lá no meu perfil do Instagram @cultivandocuidado. Criei o “Desafio 21 Dias deAutocuidado” para nos cuidarmos juntas durante este período, nos fortalecermos e nos apoiarmos.
Reflita um pouquinho comigo:
Você consigue reservar um tempo para cultivar as outras relações que também são importantes para você – com o companheiro/a, com as amigas, etc?
Você faz diariamente algo só para você?
Você pede ajuda quando precisa?
Estas e muitas outras reflexões que estou compartilhando por lá estão apoiando muitas mulheres a lançar um novo olhar sobre sua relação consigo mesma no papel de mãe. São 21 dias de apoio e empoderamento materno. Vem junto! Sempre é tempo de se cuidar!
Com muito amor e gratidão,
Maris
Todos os textos da sessão “Escrito à Mãe” do site cultivandocuidado.com bem como os textos do perfil no Instagram @cultivandocuidado são de autoria de Maristela Lima. Se estas reflexões fazem sentido para você, talvez elas sirvam também para suas amigas mães. Compartilhe com elas o link deste artigo e sempre cite a autoria. Assim, você valoriza o trabalho de uma mãe que escreve e apoia este trabalho, contribuindo para que mais mulheres se beneficiem e me motivando para que eu continue a oferecer às mães conteúdos importantes, gratuitos e de qualidade.
Entre mães, precisamos no apoiar.
Com amor e gratidão,
Maris.
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