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Introdução Alimentar Com Respeito E Amor

Nutrindo a relação durante a refeição

Lembro que minha mãe me obrigava a comer feijão todo dia no almoço. E a tomar leite toda noite antes de dormir. Eu odiava, feijão e leite – pois não podia odiar minha mãe. Detestava o gosto e a textura do feijão, detestava a oleosidade do leite de vaca. Mas criança não tinha querer, quando eu era criança. Lembro também de como “mamãe vai ficar triste, se você não comer tudo” e de como ela fazia “tudo com tanto amor” que eu tinha que comer “só mais um pouquinho”. Claro, porque se eu não comesse, eu seria a ingrata responsável pela tristeza de minha mãe, ela que fazia tudo com tanto amor e que só estava “pensando no meu bem”. Certamente ela só estava pensando no meu bem e estava fazendo o melhor que podia com a sabedoria e condições que ela tinha no momento. Eu entendo e acolho. Mas não concordo. Esse ciclo de desrespeito com o corpo da criança pára aqui.

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Yoga, CNV e maternidade

Primeiro veio o Yoga, quando eu ainda era adolescente. Depois dos 30, descobri a Comunicação Não-Violenta. E, com quase 40, me tornei mãe. Os caminhos foram convergindo e me preparando para o que sou hoje e para isso que assumi como meu propósito atualmente: cuidar do tecido das relações humanas, a começar pela base – a relação mãe-filho. Isso significa exercer meu próprio papel de mãe de forma consciente e amorosa e apoiar outras mães a assumirem a importância de seu papel na co-construção de uma nova sociedade, mais humana, mais empática, mais consciente e sustentável. Faço isso por meio da educação emocional e relacional, visando o fortalecimento do vínculo mãe-filhos, o autocuidado nesta relação, a harmonização das relações familiares, e  o empoderamento materno. Na base de tudo isso, está o conceito de AHIMSA.

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De mãe para mãe

Então, sou mãe. Como provavelmente você que me lê também. Por me tornar mãe, decidi apoiar outras mães. Escrevo e falo sobre como tornar a relação com os filhos mais sustentável, como preservar o autocuidado nesta relação, a importância da rede de apoio e tudo o mais.

Aí, num dia destes, fui lá, participar de uma roda de conversa com quem? Com mães, claro. Fui como participante, porque amo estar entre mulheres e ouvir falar as mulheres que eu admiro. E também porque, assim como terapeutas também precisam fazer terapia (senão seria incoerente, né?), sei que estar em rodas facilitadas por outras mulheres também vão nutrir a mim e ao meu trabalho junto às mães. 

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Mãe cansada, mãe julgada.

Sabe qual é o sonho comum à toda mãe? Dormir uma noite inteira, sem interrupções, durante umas oito horas. Sonhamos (acordadas) com este momento durante todo o puerpério: um momento de descanso, um momento de paz, um momento só para nós.

Vários estudos comprovam que nós, humanos (raça na qual se incluem também as mães, vale lembrar), para nos sentirmos suficientemente descansados e dispostos durante o dia, precisamos de 7 a 9 horas de sono, profundo e sem interrupção, para que o organismo se restaure e se prepare para o dia seguinte. 

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Amor não é um sentimento

Vamos falar de amor? Como você diz “eu te amo” – para seus filhos, seu companheiro ou companheira, para si mesma? E o que significa, para você, dizer isso? O que é, afinal, o amor?

Conheci este texto numa versão em francês, no livro “Dénouer les conflits par la Communication NonViolente”, que traz uma entrevista que Marshall Rosenberg concedeu à Gabreille Seils. Não existe versão em português. Traduzi alguns trechos do capítulo que aborda a grande questão da Comunicação Não-Violenta (e da minha vida) – o amor. Suspenda suas ideias pré-concebidas sobre o tema e vamos juntas.

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Ouvir e ser ouvida

Há um post que circula de vez em quando pelo facebook que diz algo assim: “Entre o que eu penso, o que quero dizer, o que creio dizer, o que digo, o que você quer ouvir, o que você ouve, o que você crê entender, o que você quer entender e o que você entende, existem nove possibilidades de não nos entendermos”.

Marshall Rosenberg, criador da “Comunicação Não-Violenta“, disse em algum momento de sua vida, que “90% (não sei se era bem esta a porcentagem, mas era alta) de nosso sofrimento vem de nossas interpretações”.

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Sobre cuidar e ser cuidada…

“Se eu cuido do outro negligenciando a mim mesmo, eu estou cultivando a negligência e não o cuidado”, já dizia Thomas d’Ansembourg (escritor francês e consultor em Comunicação Não-Violenta) no livro Deixe de ser bonzinho e seja real. Para estar inteiro com alguém, eu preciso estar inteira comigo. Isso significa que preciso cuidar de mim, investigar o que me faz sentido, ficar comigo para ter clareza do que sinto, perceber minhas reais necessidades e como eu gostaria de atendê-las. Descobrir o que cuida de mim, enfim. E dar passos nesta direção. E, muitas vezes, para isso, preciso  de apoio, de rede de apoio (você já leu meu texto sobre este tema?).

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A mãe da mãe

Este é o mês de aniversário da minha mãe. Esta mulher tão íntima, tão estranha, tão diferente de mim, tão minha igual. Mulher, humana. Durante muito tempo, a enxerguei apenas como “a mãe” e me relacionei com ela a partir deste rótulo, esperando que ela cumprisse bem o seu papel – seja lá o que isso significasse, mas havia um significado: ela “tinha que” fazer certas coisas, agir de determinada forma, falar de um determinado jeito, calar e aceitar. Acima de tudo, aceitar.

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